terça-feira, 23 de agosto de 2011

O nosso homem preferido está de volta


Bad as Me, novo disco do Deus dos Dupondts, apresentado pelo próprio. Voz a quem a tem assim tão maravilhosamente pantanosa:



GF

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Recordações da loucura alheia


Aqui por estes lados gostamos de gente com pancada. Mas pancada boa, da que não é limitadora e não é pavio para a autodestruição. E, portanto, dá gosto lembrar o concerto mais pop-psicadélico-sci-fi da temporada. Foi magnífico, e estaremos eternamente gratos a Sufjan Stevens por não ser um tipo normal. Sufjan, estejas em que planeta estiveres, nós gostamos de ti. Um abraço.



GF

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Daqui a pouco, em Coura...


Daqui a pouco, o palco de Paredes de Coura será delas. As Warpaint são uma banda pouco dada a modernices, que toca como se a primeira metade dos anos 90 na 4AD ainda estivesse a mandar no mundo. mas é precisamente por isso que tanto gostamos delas. Não há nada melhor do que gente que se recusa a avançar no tempo, quando o tempo em que estão é tão bom assim... (e este vídeo subaquático é uma pequena maravilha, olá se é)

Warpaint - Warpaint from CrazyCow on Vimeo.


GF

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Há despedimentos que vêm por bem


Uma das grandes canções do ano, enfiada num dos melhores álbuns do ano, que está na cara que vai ser um dos criminosamente esquecidos na altura de recordar o ano. Há despedimentos que vêm por bem, e o do vibrafonista que tocava com os Dodos foi absolutamente essencial para Meric Long voltar a ter mão na banda. Basta ouvir "Good". E depois pergunte-se: "para que queríamos nós um vibrafone aqui?".



GF

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Quer ser feliz? Pergunte-lhes como


É a música mais feliz do momento e poucas merecem tanto a nossa entrega veraneante. Pede desde logo toalha ao ombro, protector solar espalhado pelo corpo, sol a queimar a pele e um sorriso condizente com tudo isto. Passaram pelo Sudoeste, pouca gente deu por eles, mas são das melhores coisinhas que andam por aí por esse mundo fora. Quem discordar é uma pessoa triste.



GF

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Tinariwen + TV on the Radio = coisa boa


Já dava para perceber que isto de levar os TV on the Radio para os ares do deserto e pô-los a gravar com os Tinariwen só podia dar bom resultado. Como se esperava, e ainda bem que assim foi, os tuaregues fizeram aquilo que sempre fazem; os outros, que vêm da selva de pedra, adaptaram-se. O resultado, promovido a single e vídeo de Tassili, aqui está. E vai muito bem com a temperatura lá fora...



GF

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Filhos de Phil Spector - parte 2


Autores de algumas das melhores canções que vamos ouvir durante todo o ano de 2011 - e, se o alzheimer não puxar a precocidade, pode ser coisa para manter o resto da vida -, também os Cults eram malta para um dia baterem à porta da cela de Phil Spector e largar a bomba: "Somos nós, os filhos que nunca conheceste". O disco de Brian e Madeline soa a hoje, mas sem nunca deixar de ter bem focada no retrovisor a imagem das Ronettes e demais nomes imaculados do som girl group. É ouvir e repetir. Pode ser que não canse.



GF

Filhos de Phil Spector - parte 1


Uma canção sobre violadores jamais pode resultar num monumento pop? Aarehrejhrehrj... Não necessariamente. Se a tarefa for deixada nas mãos do belo-oh-tão-maravilhoso-oh-gente-linda duo dinamarquês The Raveonettes, aquilo que parecia sentença absoluta sem admissão de recurso dá lugar a uma pérola chamada "Boys Who Rape Should All Be Destroyed". É uma canção soberba, sim, e daquelas que fica sempre bem cantar em público com a música a bombar nos auscultadores.



GF

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

MTV: Máquina Televisiva Velhota

A MTV começou a emitir há trinta anos. Costuma-se dar os parabéns nestas ocasiões. Mas, neste caso, o que a MTV merece é um lamento, perante o contraste entre aquilo que ameaçou ser (um canal televisivo de música eclético, mesmo que predominantemente pop) e aquilo em que se tornou (um rol incessante de programas coscuvilheiros e sensacionalistas, e uma programação em que a música parece ser uma miragem e sempre a última opção). Não exigia a utopia (uma espécie de XFM musical, qualitativa e diversificada), conformava-me com aquilo que a MTV era no início dos anos 90: um tipo de playlist expansivo que, atento, ia repescando um ou outro vídeo às franjas e aos programas autorais a que dava espaço, acrescentando também esforços de reportagens como especiais em festivais ou outros assuntos temáticos. Era uma espécie de canal mais humanizado e com grandes defeitos que se eclipsou numa coisa cheia de nada, delegando a música a subcanais que, vazios de gente, só sabem emitir em piloto automático.

O que falta aos trinta anos da MTV é mais momentos como a conversa absurda entre Thurston Moore dos Sonic Youth (no papel de entrevistador) e Beck (o entrevistado), ocorrida em 1994. O novato loirinho, que ainda pôde contar com uma MTV minimamente decente para se conseguir projectar com impacto televisivo, não se atemorizou perante o ídolo, e partiu para um atrevimento de respostas bizarras e humorísticas. A partir de um certo momento, Moore pergunta-lhe a idade. «23», Beck. «A sério? Pareces muito mais velho», Thurston Moore. «Oh sim!? Excelente», Beck. «Pareces ter p’ra aí 45», Thurston Moore. «Sinto que tenho p’ra aí 60», Beck. Se me perguntassem a idade da MTV, também eu daria muito mais que aquela que tem, p’ra aí 90. É um canal mais à mão daquele cliché da doméstica que gosta das novelas do que de um jovem que procura música.

And now for something completely different…



GP