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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Melhores Álbuns Internacionais 2: 21º-25º


Da selecção sub-21 canadiana constam, a titulares, os Braids (na foto). Gente boa, com um altar dedicado aos Animal Collective e um rosário enrolado na mão com a figura de Björk. Música fresca, ainda sem tempo para ceder aos vícios, de uma inocência adolescente e uma fabricação de gente graúda. Um maravilhamento. Maravilhas, mas desta vez delicadas, são a especialidade de Delicate Steve, outro rapaz com mais idade para ser filho do que para ser pai, e que forja divertimentos para guitarra na solidão de um quarto forrado com pedais de efeitos. Já para Hanni El Khatib - não preenche as quotas da world music, não senhora -, efeitos é coisa para manter à distância. No seu bairro, as canções são para andar à navalhada e o seu garage rock pintado com doo wop é coisa sem espinhas. Na garganta de Adele também não deve haver espinhas, que aquela voz não encontra atrito algum ao sair-lhe da boca, imensa, magistral, no dia em que a soul foi com a pop e a country no comboio ao circo. Não há circo, não há palhaços; não há dinheiro, mas há amor. "Money", dos Drums, é a mais bela canção de amor para os tempos que correm. Canção de amor para os tesos.

25º - Delicate Steve - Wondervisions


24º - Hanni El Khatib - Will the Guns Come Out


23º - Adele - 21


22º - Braids - Native Speaker


21º – The Drums - Portamento


GF

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Melhores concertos: 11º-15º


Instantâneos: Tanto evocam reminiscências dos Joy Division, como essoutra maravilhosa enciclopédia de pop inglesa chamada The Coral ou uns restinhos dos Pulp. Os Drums são, à falta de uma imagem melhor, uma espécie de Fábio Coentrão da pop inglesa: a acne é indisfarçável, mas o talento com uma pontada juvenil também. (excerto de artigo publicado no semanário Sol)

Greg Dulli (na foto) merecia mais do que uma diminuta audiência para se passear alarvemente acústico pelos catálogos de Afghan Whigs, Twilight Singers, Gutter Twins, coisas a solo e etcs. Uma voz primorosa num grande concerto com cheiro a privado em clube de strip. E a Circulasione Totale Orchetra, força bruta multinacional que não nos vem aos bolsos mas que nos rouba o fôlego, foi Frode Gjerstad, Paal Nilssen-Love e companhia a mostrar que 2+2 felizmente é muitas vezes = 5.

15º - The Drums, Alive!


14º - Greg Dulli, Santiago Alquimista


13º - Circulasione Totale Orchestra, Jazz em Agosto (Gulbenkian)


12º - Mão Morta, Coliseu dos Recreios
11º - Vampire Weekend, Campo Pequeno


GF