Com o seu fato habitual, Camané é um falso discreto. Começa mansinho, tímido. Depois, quando a alma começa a ferver, sobe o tom, para uma escalada final/triunfante, quando todo o seu talento fica a nu público. Ovação. Cada canção, uma vitória. A voz essa, está sempre no sítio certo, com uma pontaria milimétrica. A perfeição é afinal bem portuguesa e, no fôlego final, não nos mente. Mas se aquilo que se viu no CCB não for perfeição, a perfeição que se cuide.
Parte retirada de artigo assinado para o Cotonete.
Uma noite quente de Verão perfeita, um recinto verdejante com vista para o mar, uma banda de topo que faz todos os estilos americanos, um elegante cantor em dia inspirado, um alinhamento que aquece os termómetros das almas presentes e um esforço simpático de uma jam session de categoria para comemorar o fim de digressão são factores que dão a Chris Isaak (na foto) o título de concerto mais inesquecível do ano. Graças a este cavalheiro americano, Elvis viveu mais uma noite - e que noite.
2º Camané no Centro Cultural de Belém
1º Chris Isaak no Cascais CoolJazzFest
GP
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