terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Melhores concertos: 5º - 11º


Devido ao trânsito insuportável a caminho do Meco, falta aqui o concerto dos Spoon. Mas, em substituição, nada como dispensar aquela pop tristezinha pequenina tão chatinha e achatadinha que vem dos National. Trocá-los pelo concerto esfuziante e endiabrado de Sharon Jones com os Dap Kings foi das melhores decisões deste ano. Soul e funk em corpos de hábito diário de ir ao ginásio, uma voz que parece um trovão a abater-se sobre nós, enquanto os pêlos de todo o corpo acordam estremunhados para ver, afinal, qual é o motivo para tamanho levantamento. Mas no que toca a música negra, houve ainda a espantosa passagem de Janelle Monáe, James Brown e Prince numa mescla travestida, concerto arrebatador de mandar o Tivoli abaixo.

Passar por Loulé e Sines, mecas da world music estival portuguesa, foi oportunidade de ouro para assistir a coisa tão diferentes quanto igualmente capazes de provocar tremores na perna direita, que se adianta sempre a marcar o ritmo no chão, mas quando dá por isso já o chão que treme e a perna limita-se a ir atrás. Goran Bregovic foi ainda mais estonteante nas suas voltas de carrossel cigano desgovernado, a Orquestra Baobab fez dançar com todo o calor que se exigia, meio caminho entre Senegal e Cuba, e depois os Barbez, trupe Tzadik que viaja pelo klezmer, pelo jazz mais radical, pelas melodias planantes e por tudo o que, à primeira vista, pareça ser passível de ser desmembrado.

M (Mathieu Chedid, na foto) é simplesmente do melhor dos melhores que o pop/rock francês nos oferece desde há muitos anos. O concerto foi em Bruxelas, mas a digressão está agora acessível a todos no álbum Les Saisons de Passage.

10º - Sharon Jones & the Dap Kings, SBSR


9º - Barbez, FMM (Sines)- o vídeo é fraquinho, mas a música é excelente


8º - Goran Bregovic, Festival Med (Loulé)

7º - -M-, Forest National (Bruxelas)


6º - Janelle Monáe, Teatro Tivoli

5º - Orchestra Baobab, Festival Med (Loulé)

GF

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