2011 foi um ano estupidamente bom para a música nacional. E invulgar na quantidade de grandes discos a vir de uma área habitualmente pouco implicada nestas listas - a da música instrumental, feita por gente de background pop/rock. Nem jazz, nem clássica. Tiago Sousa (na foto - autoria Vera Marmelo) é um dos mais brilhantes exemplos desta gente que deixou a palavra no descanso mas nem por isso desinvestiu no cuidado temático da sua obra. Tiago assina um maravilhoso disco para piano, clarinete e percussão, a deambular com uma notável beleza entre Debussy e Sassetti, a partir da obra de Thoreau. Do outro lado do muro, a associação de JP Simões a Afonso Pais gerou um encontro raro entre uma guitarra abastecida de jazz e bossa nova, e uma voz a pensar em Chico Buarque, José Mário Branco e Sérgio Godinho, sobre a qual estão coladas palavras a que apetece voltar todos os dias.
6º – Afonso Pais / JP Simões – Onde Mora o Mundo
5º – Tiago Sousa – Walden Pond’s Monk
GF
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