quarta-feira, 23 de março de 2011

Ravi Shankar

Quinzena Temática – produtos da Índia em destaque

Um homem indiano, de quase cinquenta anos, oriundo de boa casta bengali, instrumentista do pouco maneirinho sitar e de formação clássica tem tudo menos o perfil de um herói de um grande festival hippie de rock dos anos sessenta. Mas foi nisso em que se tornou Ravi Shankar, a cobro de uma carreira de solista ascendente que, de oportunidade em oportunidade, de novos caminhos em novos caminhos, de apadrinhamento em apadrinhamento, o empurrou para um estatuto de celebridade bizarro para um músico de uma cultura que aparentemente se situava nos antípodas do mundo pop.

De bandas sonoras de filmes indianos (incluindo longas-metragens do também bengali Satyajit Ray) para trabalhos para o cinema ocidental, de colaborações com músicos eruditos de topo (como o violinista russo Yehudi Menuhin) às associações com as maiores bandas rock (como os Beatles e os Byrds), Ravi Shankar tornou-se, provavelmente, na primeira grande estrela da world music antes sequer desta designação existir. O seu talento ajudou a espalhar o aroma de caril pelo psicadelismo, popularizando aquele som fino de cordas do sitar em imaginários tão estrangeiros.

Não é novidade nenhuma dizer que Ravi Shankar é o músico indiano mais reconhecido e um dos maiores do mundo vivos.


GP

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