sábado, 13 de julho de 2013

Optimus Alive, dia 1, apontamento 3: Dead Combo


(foto: Rita Carmo)


Não se sabe se a cartola de Tó Trips perdida em Paris e cuja recuperação foi encarecidamente pedida por internet, não se sabe deste lado, escrevia, se a cartola terá mesmo aparecido neste espaço de dias. E, portanto, das duas uma: ou a música dos Dead Combo não depende verdadeiramente dos seus símbolos visuais; ou, em alternativa, o reverso do kryptonite, o  poder supremo de convocar Morricone, Paredes, John Barry e Marc Ribot continua a gozar do seu talismã da sorte.
Sorte o caraças! Concertos como aquele que os Dead Combo deram no Alive não têm um pingo de sangue, salsaparrilha ou aguardente de cana de sorte. Tornou-se um cliché dizer que esta gente está cada vez melhor e é incapaz de montar um concerto que fique um centímetro abaixo do soberbo. No Alive, foi outra vez assim, com fado sujo, blues mestiços, cachupas, ensopados de borrego e outros pratos leves a alimentar o bucho musical deste duo - inchado para trio com a bateria-maravilha de Alexandre Frazão. Só o concerto no FMM, de Sines, há um ano, partilhado com Marc Ribot poderá ter sido um niquinho superior.
De resto, foi a habitual selvajaria das vielas, cada vez mais deliciosa e completa. Um dos melhores desta edição, pode já dizer-se. Os ingleses que tenham tomado notas.
GF

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